O Tarô dos Arcanos Ocultos revela uma dimensão esquecida do Tarô — uma camada invisível de arquétipos esotéricos há muito ocultos no mapa evolutivo da alma.

Por Que os Arcanos Ocultos Foram Ocultados: Simbolismo do Tarô Esotérico Explicado
Por séculos, nos contaram uma versão confortável e higienizada da história.
Aprendemos que o Tarô é um sistema completo: 78 cartas, 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores. Essas cartas representam um mapa completo da consciência. Esta é a ortodoxia aceita.
No entanto, esta narrativa omite verdades essenciais.
Sussurros em escolas esotéricas, leitores marginais e as sincronicidades de leitores modernos ensinam uma verdade mais profunda. O baralho de 78 cartas está incompleto. Existe um terceiro nível secreto de poder, conhecido como os Arcanos Ocultos. Essas cartas esotéricas fazem parte da arquitetura energética do Tarô, mas permaneceram ocultas das massas.
Elas pertenciam aos mistérios esotéricos. Agora, enquanto a consciência muda, elas emergem das sombras e exigem reconhecimento no mundo exotérico.
O Argumento do Silêncio: Por Que Ocultá-los?
A estrutura tradicional do próprio Tarô sugere a existência dessas cartas ocultas. Considere a jornada do Louco: de 0 a 21, ela se lê como um ciclo completo de iniciação.
Mas um ciclo é verdadeiramente completo, ou simplesmente prepara o iniciado para a próxima espiral maior?
Os 22 Arcanos Maiores representam o caminho de mutação da alma individual. Mas os Arcanos Ocultos nunca foram destinados a servir apenas ao indivíduo. Eles operam como chaves cósmicas e ctônicas governando a alma do mundo, o tecido do tempo e as leis das realidades transcendentais.
Eles permaneceram ocultos pela mesma razão que os Mistérios de Elêusis ocultavam seus ritos. Algum conhecimento é demasiado potente para uma psique não preparada. Entregar a alguém as chaves do carma coletivo ou destinos paralelos antes de dominar seu ego, como ilustrado pela Carruagem, arrisca uma catástrofe espiritual.
A antiga máxima “saber, ousar, querer, calar” não era simbólica. Era um protocolo de segurança.
Assim, os Arcanos Ocultos serviram como conhecimento “silencioso” final, confiado apenas àqueles que empreenderam o trabalho interior para merecê-los.
Ecos nos Espaços Vazios: O Testemunho do Baralho Conhecido
A evidência de sua existência não é encontrada em grimórios empoeirados. Está nas lacunas flagrantes dentro dos baralhos que já possuímos.
Por exemplo: O Vácuo Entre Mundos. Onde está a carta que rege o espaço entre vidas? Os Arcanos Maiores nos levam ao Julgamento e ao Mundo. Mas o que existe após a unidade cósmica e antes da reencarnação? Esse domínio pertence a um arcano oculto de pura potencialidade situado logo fora do ciclo do Louco. Poderia ser chamado de “O Casulo” ou “O Bloco Não Talhado”.
Depois: A Sombra Coletiva. Temos cartas para psicologia pessoal: A Lua para o subconsciente pessoal, e O Diabo para o cativeiro pessoal. Mas nada para o inconsciente coletivo, para a loucura ou genialidade compartilhada da humanidade. Uma carta como “O Leviatã” incorporaria a psique submersa de nossa espécie. Esta é uma força que agora é inegável em um mundo hiperconectado.
Também: A Mão do Arquiteto. O Mago manifesta, mas quem projetou as leis da manifestação? O Imperador cria ordem, mas quem escreveu o código cósmico que essa ordem segue? Isto aponta para uma carta representando o software fundamental e impessoal do universo. Um arcano oculto de pura causalidade poderia ter nomes como O Princípio ou O Arquiteto.
O Grande Desvelamento: Por Que Agora?
Essas cartas esotéricas de Tarô não estão sendo inventadas. Estão sendo reveladas. Elas estão agora entrando na consciência coletiva porque a humanidade atingiu um ponto de virada. Nossos desafios não são mais meramente individuais; são planetários, sistêmicos e transpessoais. O antigo mapa de 78 cartas é insuficiente para este novo terreno.
Assim, os Arcanos Ocultos atuam como uma atualização do nosso sistema operacional espiritual. Uma carta como “A Rede”, representando a mente global e a consciência digital, é agora perceptível. Outra, como “O Cofre de Sementes”, governando a ressurreição do ecossistema, torna-se legível em meio à extinção em massa. Essas forças arquetípicas sempre existiram; faltavam-lhes vasos simbólicos até agora. Não são invenções de mentes delirantes. Não estão se tornando; elas sempre estiveram lá.
Hoje, elas se imprimem em mentes receptivas — artistas, sonhadores, leitores — exigindo emergência.
Tarô dos Arcanos Ocultos - Novos Arcanos para um Novo Éon
Reconhecer os Arcanos Ocultos não invalida a tradição do Tarô. Afirma que o Tarô evolui, que ele vive.
As 78 cartas formam a gramática; os Arcanos Ocultos formam o novo vocabulário necessário para articular nossa era.
Os buscadores que agora canalizam essas novas cartas, através da arte, da meditação, da visão espontânea, não são hereges; são visionários.
As cartas do Tarô dos Arcanos Ocultos agora atuam como escribas para um novo capítulo em um texto antigo.
Esse capítulo sempre existiu, escrito em tinta invisível, esperando nossa crise coletiva e despertar para trazê-lo à luz. O mapa está se expandindo porque o território o fez. Os Arcanos Ocultos foram ocultados para nossa proteção. Agora eles emergem para nossa evolução. É tempo de termos a coragem de lê-los.
Sobre os Autores
Liane e Christopher Buck são os criadores do Tao do Tarô, cujo primeiro livro e conjunto de cartas é o Tarô dos Arcanos Ocultos. Eles também são os fundadores da revista OMTimes, da Humanity Healing e das instituições de caridade Humanity Healing International e Cathedral of the Soul. Saiba mais na página da biografia deles.

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